SOBRE O AUTISMO : O QUE PRECISAMOS SABER?
- Dra Marcela Cavalcanti
- 16 de abr. de 2021
- 2 min de leitura
Atualizado: 14 de abr. de 2023

O transtorno do espectro autista (TEA) é caracterizado por :
Deficiências persistentes em comunicação social e
Padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamentos, interesses ou atividades.
O desenvolvimento atípico já pode estar presente durante a primeira infância ou se manifestar mais tarde na infância e adolescência e até mesmo na idade adulta.
A linguagem pode estar atrasada (na fala de palavras isoladas ou frases simples) e 25% das crianças perdem habilidades de linguagem previamente adquiridas (regressão). Mas esta é uma função muito variada, já que algumas crianças falam bem, alguns falam mas não apresentam uma prosódia (entonação), podem ter a fala estereotipada (repetir algumas expressões de personagens de desenhos infantis) ou com ecolalia persistente que não é esperada para a idade.
Quando as crianças atendem aos critérios para o diagnóstico de "transtorno do espectro autista", deve ser considerado o grau baseado nos impactos que gera na vida da criança.
Nível 1 : sem necessidade de suporte, há déficit na comunicação social, com alterações mais sutis ao longo da vida.
Nível 2 : Necessita suporte substancial devido ao acentuado déficit na comunicação social verbal e não verbal e alterações sociais mesmo com treinamento de habilidades sociais
Nível 3 : Déficit acentuado, baixa autonomia, alterações comportamentais severas com prejuízos escolares e de aprendizagem.
Aproximadamente 20% a 30% das crianças desenvolvem epilepsia e podem ter alterações no eletroencefalograma (EEG).
Cerca de 50% têm deficiência intelectual; outras têm capacidade na média ou acima da média. No entanto, muitas pessoas têm um perfil cognitivo irregular, e apresentam pontos cognitivos relativos fortes e fracos no teste cognitivo.
Além dos sintomas básicos de TEA, a maioria tem condições coexistentes (comorbidades). Algumas apresentam inquietude e impulsividade associado a déficit de atenção, ou TDAH, e deve ser identificado precocemente para adequação do tratamento.
Problemas gastrointestinais (constipação, diarréia), alergias e outras condições devem ser cuidadosamente acompanhadas desde o início. Muitos jovens e adultos com TEA têm problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão. Essas condições associadas costumam ser mais difíceis de tratar que o TEA propriamente dito.
O desfecho em longo prazo na idade adulta é variável. Muitas pessoas dependem de cuidados 24 horas ou vivem com o apoio da comunidade. No entanto, algumas pessoas com TEA vivem de forma independente, e algumas têm emprego e constituem família.
O importante é o diagnóstico ser o mais precoce possível e o suporte pela equipe multiprofissional garantir estímulos que serão cruciais para que a criança se desenvolva e adquira suas habilidades e potencialidades.
O mais importante no tratamento de crianças autistas é estimular o desenvolvimento social e comunicativo e reduzir os comportamentos que interferem no aprendizado e acesso às oportunidades da vida cotidiana.
Para ler o artigo na íntegra: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2863325/
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